terça-feira, 25 de junho de 2013

Parto cesarea



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Parto cesárea

Como é a cesárea?
Dentro do centro cirúrgico, ocorre a aplicação da anestesia, na região lombar da paciente, entre duas vértebras da coluna. A dor da picada não é intensa, mas é perceptível. Existem três variações de anestesia: a raquidiana (ou raquianestesia), a peridural e o duplo bloqueio. Todas prezam pela possibilidade da mãe permanecer acordada durante o parto, mas sem sentir dor do peito para baixo. Qual (ou quais) será utilizada no parto depende de cada caso. “A aplicação da anestesia é direcionada de acordo com a paciente, seu quadro clínico, a situação do trabalho de parto, entre outros fatores”, afirma o anestesiologista Dr. Oscar César Pires, Diretor do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA).

A diferença básica entre os tipos de anestesia é o local onde o anestésico é aplicado. “A ráqui é administrada muito próxima aos nervos da medula espinhal”, explica o Dr. Ricardo Goldstein, anestesiologista do Hospital Israelita Albert Einstein. “Já a peridural é colocada em um espaço mais distante e com uma membrana separando-a dos nervos. O duplo bloqueio nada mais é que a combinação entre as duas técnicas: um cateter é colocado dentro do espaço peridural para posterior administração do anestésico durante o trabalho de parto”. Além disso, existe uma diferença de intensidade dos medicamentos e tempo do efeito de cada um: a raquidiana é administrada em menor volume (2 ou 3 ml) e tem efeito total em, no máximo, 2 minutos, enquanto a peridural, que  leva de 7 a 10 minutos para anestesiar a paciente, pode chegar a um volume de até 30 ml.
Assim que a anestesia faz efeito, é realizada uma incisão transversal de aproximadamente 10 cm na pele, por cima do osso púbico (naquela região conhecida como “linha do biquíni”), e outra menor no útero, cortando oito camadas de tecido no caminho. Rompida a parede uterina e a bolsa das águas, o médico tem acesso ao bebê, que é puxado. Fora da barriga, ele é avaliado por um médico, que verificará sua oxigenação, cortará o cordão umbilical e o entregará para o neonatologista, para uma avaliação mais completa. Tudo correndo bem, ele será mostrado à mãe e entregue ao acompanhante, enquanto a placenta é retirada e os pontos são dados em cada uma das camadas de tecido cortadas.
Pós-parto da cesárea
Como toda cirurgia, a cesariana tem uma etapa inevitável: o pós-operatório. A intensidade e duração das dores, desconfortos e limitações da paciente variam para cada pessoa, mas, mesmo nos casos mais simples, o pós da cesárea tende a ser pior que o do parto normal.

O que acontece após a finalização dos pontos varia de hospital para hospital. “Em alguns hospitais, já é uma prática comum permitir que a mãe fique na sala de cirurgia por um tempo maior”, afirma a Dra. Alessandra Bedin. “Dessa forma, assim que ela se recupera da anestesia, já pode segurar o bebê e tentar amamentar em um ambiente mais protegido”. Outras instituições normalmente levam a mãe para uma sala para se recuperar dos medicamentos. Após cerca de uma hora e meia, o efeito passa e a mãe pode segurar seu filho.

Independente dos procedimentos da instituição, a recomendação é que a paciente fique de 6 a 12 horas mais quieta, sem fazer esforço. É necessário ficar, no mínimo, 48 horas internada antes de receber alta, mas esse período pode se estender por até 60 horas ou até mais, em casos em que tenha havido algum tipo de complicação durante o parto.

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